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Candidatos à prefeitura fazem questão de visitar arcebispo do Rio

Entre comícios, carreatas e debates, os candidatos à prefeitura trocam o eleitorado por meia hora e fazem romaria na porta de uma autoridade que, embora não seja um militante político, tem uma influência significativa na cidade — o cardeal dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio. Seis dos principais aspirantes ao governo carioca já lhe apresentaram seus planos de governo e posaram para fotos ao lado do arcebispo. Na quarta-feira, por exemplo, foi a vez de Carlos Osorio (PSDB). Em breve, receberá Alessandro Molon (Rede).

Um dos primeiros visitantes, ainda em agosto, foi o senador Marcelo Crivella (PRB). O candidato, que é um bispo evangélico, provocou a reação de adversários ao exibir uma cena do encontro em uma de suas inserções na TV. Dom Orani diz que autorizou o uso da imagem. Crivella não foi o único a expor publicamente a audiência com o religioso. Outros aspirantes à prefeitura, como Marcelo Freixo (PSOL) e Jandira Feghali (PCdoB), postaram fotos ao seu lado nas redes sociais.

Temendo que os encontros fossem interpretados como apoio aos candidatos, a Arquidiocese do Rio divulgou uma nota ontem afirmando que as visitas são protocolares, “não havendo distinção ou privilégio a qualquer candidato”. A Igreja, acrescenta o comunicado, é um “organismo apartidário”.

— Havia uma pergunta do povo se nós estaríamos apoiando um candidato. E, como recebo todos, alguns veem uma foto, outros veem outra — comentou dom Orani. — Não posso negar que os candidatos estiveram aqui. Todos devem ter o mesmo tratamento.

A opção religiosa, segundo o cardeal, costuma ficar fora da conversa:

— Geralmente eles não me dizem sua religião. Às vezes, sai espontaneamente durante a conversa, mas não há qualquer restrição nem dificuldade para lidar com isso.

Dom Orani cita problemas que, em sua opinião, devem ter combate priorizado pelo próximo prefeito, como o aumento do desemprego, da população de rua e de dependentes químicos. Também reivindica auxílio para moradia e melhorias nas redes de Saúde e Educação, assim como no sistema de transportes. De acordo com o religioso, cada candidato elege seus temas preferidos. Mas nenhum plano é completo, e o financiamento de novos programas é fonte de preocupação.

— Se uníssemos todas as propostas de todos os candidatos, acho que teríamos um plano quase perfeito para a cidade. Mas claro que isso não é possível — pondera. — Pergunto aos candidatos como vão conseguir dinheiro para fazer seus projetos, considerando as atuais condições econômicas do país. Alguns pensam em parcerias com a iniciativa privada, porque a arrecadação do município não é suficiente.

Os candidatos à prefeitura e o cardeal guardam seus segredos. Aos 66 anos, Orani faz questão de votar. Não diz em quem. Já os políticos podem até revelar sua religião, mas ninguém menciona se encara um confessionário:

— Não pergunto. Mas nenhum deles falou disso.

 

Fonte: O Globo

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