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Turistas podem trazer doenças erradicadas há tempos no país

Quando as conversas sobre os Jogos Olímpicos do Rio entram na seara da saúde, o único personagem lembrado costuma ser o mosquito Aedes aegypt i. A possibilidade de contrair dengue, chicungunha ou zika ainda assombra os visitantes da competição, especialmente os estrangeiros. No entanto, os riscos têm mão dupla. Os turistas podem, mais do que ficar doentes por causa do inseto, trazer na mala enfermidades há tempos erradicadas no Rio, como sarampo, rubéola e, segundo especialistas, alguns tipos de meningite. A disseminação dessas doenças na cidade levaria a novos surtos, de acordo com um estudo elaborado recentemente pelo governo federal.

Denominado “Avaliação de risco das cidades-sede das Olimpíadas” — além do Rio, outras cinco capitais receberão partidas de futebol —, o levantamento analisa riscos à saúde pública que podem ocorrer em eventos de massa, nos quais se reúnem pessoas de diversas nacionalidades. Para evitar as epidemias, os órgãos de saúde pública oferecem vacinas e injeções.

No caso de enfermidades para as quais não há disponibilidade destes recursos, como a malária, as únicas soluções viáveis são monitorar áreas de risco e acompanhar as pessoas com quem os contaminados interagiram.

— Os turistas podem ficar doentes ao chegar aqui, mas eles também podem trazer doenças — alerta José Cerbino Neto, vice-diretor de Serviços Clínicos do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI). — Um exemplo é o sarampo: os Estados Unidos e a Europa não têm um certificado de que esta enfermidade foi erradicada em seus territórios. Por isso, se houver algum caso aqui, precisaremos rastrear as pessoas com quem o paciente teve contato, antes que ocorra uma epidemia.

No mês passado, o Comitê Internacional de Avaliação e Documentação da Sustentabilidade do Sarampo nas Américas (CIE) reconheceu o Brasil como país livre da doença. Mas o Rio está vulnerável à recepção de visitantes infectados. O Ministério da Saúde lembra que há, “no presente momento”, um surto da enfermidade na Irlanda.

RUBÉOLA TAMBÉM É RISCO

A chegada da rubéola também é temida pelo governo federal. O Brasil não registra casos de transmissão endêmica da doença desde 2008, e recebeu um certificado de eliminação da doença no ano passado. Mas os índices de infecção ainda são elevados em locais como a África e regiões do Sudeste Asiático, onde há pouca disponibilidade de vacina para a população.

O Brasil também não registra febre amarela urbana desde 1942. No entanto, um surto da doença em Angola nos últimos meses já matou mais de 300 pessoas e esgotou duas vezes este ano o estoque global de vacinas. Com isso, no mês passado, o governo brasileiro anunciou que exigirá que os visitantes provenientes do país tenham sido vacinados.

MENINGITE É UM DOS CASOS QUE MAIS PREOCUPAM

A meningite é um caso ainda mais grave, pois diversos tipos da doença, caracterizada por febre, cefaleia intensa, náusea e vômito, não têm ampla cobertura de vacinação no país. Em muitas partes do mundo, as formas mais comuns são justamente aquelas cuja imunização não é extensa no Brasil. Chefe de Infectologia do Hospital Villa Lobos, Claudio Gonzalez ressalta que algumas enfermidades ficam em estágio de incubação — existe um intervalo entre a contaminação e a manifestação dos primeiros sintomas, o que faz as pessoas infectadas chegarem ao Rio sem saber que estão doentes:

— Em todo evento internacional há risco. A maior preocupação é com material contaminado por fezes e com doenças respiratórias, pois não há muito a ser feito.

Os potenciais estragos causados por uma doença “estrangeira” já são conhecidos no país. De acordo com um estudo publicado em março na revista “Science” por cientistas do Instituto Evandro Chagas, no Pará, e da Universidade de Oxford, do Reino Unido, o vírus zika teria chegado ao Brasil por meio de viagens aéreas em 2013, na época da Copa das Confederações.

 

 

Fonte: O Globo

 

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