Conheça agora as propostas do candidato Eduardo Paes (PMDB)

JORNAL ASFUNRIO - Quais são as suas principais propostas para atender as demandas dos servidores municipais?

EDUARDO PAES
- Como subprefeito, vereador e secretário municipal de Meio Ambiente, acompanhei as conquistas dos servidores da prefeitura. Entreguei uma carta aos funcionários onde me comprometi a manter e ampliar todas as conquistas históricas dos funcionários municipais.

Entre elas estão a lei 3252/01, que dispõe sobre a revisão anual da remuneração; a manutenção de todos os benefícios e a incorporação de cargos comissionados e de funções gratificadas conforme legislação em vigor.


JA – O senhor pretende criar novos concursos públicos no município?
EP – Sim, é preciso realizar periodicamente concursos públicos para a ampliação e reposição do quadro de servidores. Também vamos implantar planos de cargos e salários por categoria.

JA - Quais são as suas propostas para o setor da saúde?

EP – A saúde é prioridade do nosso governo. Vou aplicar pelo menos 20% dos recursos próprios da prefeitura nessa área. Entre os projetos, estão a construção de 40 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24 horas; a transformação do postos de saúde em Clínicas da Família, ampliando seu horário de funcionamento; a criação do Programa de Atendimento ao Idoso (PADI), os Centros de Referência da Saúde da Mulher, e a ampliação da cobertura do Programa Saúde da Família.

JA - Como pretende reduzir a lotação nos hospitais municipais e melhorar o atendimento?
EP – A melhora do atendimento passa pela reformulação da atenção básica, que será possível com a implantação das UPAs 24 horas. Tem muita gente na fila dos hospitais com problemas que poderiam ser facilmente resolvidos num pronto-socorro como a UPA. É isso que causa a superlotação e o atendimento desumano: o mau funcionamento da rede de atenção básica. Vamos mudar essa realidade, fazendo uma revolução na área de saúde.

JA – Se eleito, como o senhor vai combater a epidemia da Dengue, que sempre assola o Rio no verão?
EP – Minha primeira medida será tentar que o secretário de saúde da minha gestão consiga começar a trabalhar logo após as eleições, acompanhando as medidas de prevenção e combate à dengue que estarão sendo preparadas para o verão. Como assumimos em janeiro, no auge do verão, precisamos estar preparados para enfrentar uma possível epidemia.

JA - Pretende contratar mais profissionais para as áreas da saúde e educação?
EP – São duas categorias que serão prioritárias no meu governo. Vamos contratar mais professores para reduzir a relação aluno/turma e para cobrir disciplinas deficitárias. A estimativa são 8 mil profissionais, começando por aqueles que já foram aprovados em concurso. Na saúde será a mesma coisa. Queremos quintuplicar as equipes de Saúde da Família para aumentar a cobertura para pelo menos 40% da população.

JA – O senhor é a favor da aprovação automática no ensino público? Quais são as suas propostas para a educação?
EP – Meu primeiro ato quando assumir a prefeitura será acabar com a aprovação automática. É inadmissível um aluno continuar passando de ano aprendendo ou não. Os alunos da rede municipal vão ter aulas de reforço escolar. Quero aumentar o número de vagas em creches da Prefeitura, chegando a 100 mil no final do mandato, e a oferta de vagas nas pré-escolas até a universalização, chegando a 160 mil. Vamos implantar ainda o Pró-Técnico, bolsas de estudos nos moldes do Pro-Uni, do governo federal, através do qual a prefeitura vai arcar com cursos profissionalizantes em instituições privadas para alunos de baixa renda.

JA - É a favor que a Guarda Municipal tenha regime estatutário, e que ainda adquira poder de polícia?
EP – Sim, sou favorável. É isso que vai acontecer no meu governo. Haverá uma reformulação na Guarda Municipal com o fim do regime celetista e o aumento efetivo do número de agentes, que será dobrado. Vamos equipar a guarda com armas de contenção não-letais e rádios de comunicação. Em parceria com as forças de segurança do estado, eles atuarão no combate ao pequeno delito. A Guarda Municipal, que estará subordinada à Secretaria Municipal de Ordem Pública, terá um papel fundamental no combate a desordem urbana.

JA - O que fará para conter o avanço das favelas?
EP – O problema da expansão das favelas tem três razões: o sistema de transporte caótico, a falta de programa de habitação para baixa renda e a complacência do poder público com as novas invasões. Com recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social faremos parcerias com a iniciativa privada para construir 100 mil moradias populares em vazios urbanos com infra-estrutura e seremos rápidos e rigorosos com qualquer tentativa de expansão vertical ou horizontal nas comunidades do Rio. Além disso, Vargem Grande e Vargem Pequena precisam urgentemente de um PEU (Plano de Estruturação Urbana), para orientar o crescimento do Bairro.

JA - Quais são as suas propostas para o setor de transporte?
EP – Vamos racionalizar o sistema de transportes. Significa retirar ônibus e linhas da Zona Sul e aumentar na Zona Oeste, além da integração. Vou implementar o bilhete único integrado, que garante 3 viagens durante 3 horas. A região tem uma cobertura muito pequena no transporte de massa. Pra isso, vou fazer a Linha 4 do Metrô (Botafogo-Barra), o Corredor T5 (Barra-Penha) e a Linha C (Barra-Deodoro), através de corredores de ônibus articulados BRT. Em Jacarepaguá, é urgente a construção de recuos para ônibus nas principais vias e melhoria da sinalização horizontal e vertical nas ruas".


JA - De que forma o município poderá ajudar no combate à violência?
EP – No meu governo vamos devolver o espaço público para a população. Vamos criar a Secretaria de Ordem Pública, que vai centralizar as ações de moralização do espaço urbano, da população de rua e do comércio ilegal, além de fazer a prevenção contra pequenos delitos. A Guarda Municipal terá seu efetivo aumentado e passará para o regime estatutário, atuando diuturnamente. Além disso, vamos implementar um grande projeto de ampliação e modernização da iluminação pública da cidade. A conservação urbana é um elemento fundamental para se reduzir os indicadores de violência em bairros como a Penha. Mas, não basta agir só de um lado dessa equação. É preciso que a Prefeitura volte a atuar no lado da assistência e da promoção social, levando equipamentos e programas sociais para as comunidades. Vamos garantir que o PAC atinja outras comunidades, como por exemplo, os Complexos do Lins e da Penha.

JA - No seu programa de governo, há proposta para racionalizar a máquina administrativa e melhorar a eficiência da administração pública, através dos servidores e equipamentos?
EP – Conheço bem os servidores e eles também me conhecem. A motivação dos funcionários públicos municipais é condição necessária para o sucesso de qualquer administração. O servidor precisa ser valorizado. O corpo técnico da prefeitura é muito bom. Vou dar prioridade ao servidor na ocupação de cargos de assessoria, chefia e direção. Também vamos cortar pelo menos cinco das 23 secretarias municipais, especiais e extraordinárias da atual administração. Existem secretarias para coisas que são, absolutamente, desnecessárias. Vamos enxugar a máquina.

*** LEIA AMANHÃ AS ENTREVISTAS DOS CANDIDATOS ALESSANDRO MOLON (PT) E CHICO ALENCAR (PSOL)!

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