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JORNAL
ASFUNRIO - Se eleito, qual será a sua primeira
atitude como prefeito do Rio?
EDUARDO PAES - Vou acabar com
a aprovação automática nas escolas,
porque quando o aluno realizar uma prova para conseguir
um emprego, um vestibular, um concurso público,
não vai haver aprovação automática.
Os alunos da rede municipal vão ter aulas de
reforço escolar.
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JORNAL
ASFUNRIO - Em breves palavras, qual é a análise
que o senhor faz da gestão passada da Prefeitura?
EDUARDO
PAES - A pior possível. Eu participei do primeiro
governo Cesar Maia e me orgulho disso porque foi um governo aprovado
pela população. Com idéias inovadoras, como
o Favela Bairros, mas isso ficou lá atrás. A cidade
está abandonada e sem comando. As ruas estão mal
iluminadas, as praças estão mal cuidadas e a pavimentação
é caótica. É preciso dar um choque de ordem
pública. As pessoas estão morrendo nas filas dos
hospitais. Mas isso tudo vai acabar a partir de janeiro.
JORNAL
ASFUNRIO – Quais projetos do governo Cesar Maia o senhor
pretende continuar? Por exemplo, o senhor pretende ampliar ou
reduzir secretarias? Se pretende reduzir ou ampliar, quais serão?
EDUARDO PAES - Considero
que o Ônibus da Liberdade, as lonas culturais e as vilas
olímpicas sejam projetos importantes a serem mantidos e
melhorados. Também vamos ampliar e melhorar os Centros
de Convivência dos Idosos e as políticas de defesa
dos animais. Outra medida que me agrada muito é a proibição
de se fumar em locais fechados. Vamos reestruturar o sistema organizacional
da prefeitura, cortando pelo menos cinco das 23 secretarias municipais,
especiais e extraordinárias da atual administração.
Existem secretarias para coisas que são, absolutamente,
desnecessárias. Vamos enxugar a máquina. Isso significa
cortar alguns cargos comissionados e criar outros. No geral, a
idéia é reduzir em 25% o número de cargos
comissionados, mas isso requer uma análise detalhada que
só deve ser feita no período de transição.
JORNAL
ASFUNRIO - Quase que diariamente há textos, ora a favor
do candidato Eduardo Paes, ora a favor do candidato Fernando Gabeira,
circulando na internet. Como o senhor vê a guerra política
na internet que visa a persuadir o eleitor?
EDUARDO
PAES -
Mas há também propagandas apócrifas contra
mim. A internet pode servir tanto para o bem quanto para o mal.
Acho que bem usada e com os recursos que oferece, ela é
uma ferramenta bastante útil, pois tem uma comunicação
diretamente com o eleitor
JORNAL
ASFUNRIO - Se assumir a Prefeitura, que tipo de tratamento o senhor
dispensará aos partidos que agora estão lhe apoiando
no segundo turno? Eles ganharão espaço nas secretarias?
EDUARDO
PAES - Os apoios que recebi até agora foram institucionais,
foram políticos. Não houve negociações
de cargos. Ninguém me pediu nada e muito menos eu ofereci
alguma coisa. Até porque eu não aceitaria nenhum
tipo de imposição. Os partidos que estão
conosco nesse segundo turno são forças políticas
que acreditam que a nossa candidatura é a melhor. É
a candidatura da mudança e do diálogo. É
a candidatura que representa, depois de muitos anos, o fim do
isolamento político com os governos federal e estadual.
JORNAL
ASFUNRIO - Como o senhor pretende cuidar das políticas
voltadas para negros, idosos, crianças e adolescentes?
EDUARDO
PAES
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Além de implantar nas escolas municipais o estudo das culturas
negra e indígena, vamos criar um órgão específico
para a formulação de políticas de promoção
racial e fortalecer o Conselho Municipal dos Direitos dos Negros.
Em relação aos idosos, será criado o Programa
de Atendimento ao Idoso (PADI), com 150 equipes de saúde
para atender um grande contingente de idosos que têm dificuldade
para acessar regularmente as unidades de saúde; o Hospital
do Idoso na Tijuca com médicos, enfermeiras e psicólogos
especializados; e os Centros de Convivência dos Idosos com
atividades esportivas, culturais e de prevenção
de doenças. Já as crianças e os adolescentes
terão uma educação de qualidade, com o fim
da promoção automática e a garantia de vagas
nas escolas e creches. Vamos instituir ainda o Pro-Técnico,
que é uma bolsa de estudos nos moldes do programa federal
Universidade para Todos (Pró-Uni), através da qual
a prefeitura pagará cursos profissionalizantes e de qualificação
para jovens de comunidades carentes.
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a entrevista:
asfunrio@asfunrio.org.br
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