'Não
usem a Avenida Brasil durante o feriadão',
pede o prefeito Eduardo Paes.
Via terá trecho fechado para obras às
22h de domingo e reabrirá às 10h da
próxima quarta-feira.
O
prefeito Eduardo Paes pediu, na tarde desta terça-feira,
durante coletiva no Palácio da Cidade, que
os caricoas não utilizem a Avenida Brasil
durante o próximo feriadão. A via
terá um trecho fechado na altura de Ramos,
junto ao acesso a Ilha do Governador, a partir das
22h deste domingo e será reaberta às
10h de quarta-feira, para conclusão das obras
do arco estaiado Prefeito Pedro Ernesto. "Peço
a todos os cariocas que não utilizem a Avenida
Brasil neste feriadão. O ideal é usar
a Linha Vermelha e as linhas internas do subúrbio",
pediu Paes.
Pelo
menos 250 controladores da CET-Rio e agentes da
Guarda Municipal vão atender à população
no período. Onze reboques ficarão
posicionados para desobstrução de
vias e 32 painés de mensagens móveis
e 13 fixos para orientar os motoristas. O tráfego
de caminhões será permitido das 0h
de segunda-feira até as 12h de quarta.
O
projeto do arco estaiado, que vai transpor a Avenida
Brasil, faz parte do BRT Transcarioca, que liga
a Barra da Tijuca à Ilha do Governador. Ele
irá transpor a via sem qualquer pilar intermediário,
em um vão livre de 150 metros, suspenso por
24 cabos de aço. A estrutura irá ligar
a Avenida Postal à Avenida Brigadeiro Trompowsky
e será exclusiva para o BRT e ônibus
alimentadores do sistema. A previsão é
de inauguração em maio deste ano.
A
Linha Vermelha ficará sobrecarregada. Caminhões,
que atualmente são proibidos de trafegar
pela via, serão liberados entre meia-noite
de segunda-feira até o meio-dia de quarta-feira.
Mais de 70 linhas de ônibus que circulam pela
pista seletiva da Av. Brasil também serão
desviadas para a Linha Vermelha.
No sentido Centro, haverá desvio pela Av.
Teixeira de Castro até a Rua Sargento Silva
Nunes, quando o motorista retorna à Av. Brasil.
Para a Zona Oeste, o motorista deverá sair
da Av. Brasil e pegar a Av. Brigadeiro Trompowski
até a Rua Santo Adalardo, que sairá
na Av. Brasil.
O secretário municipal de Transportes, Alexandre
Sansão, espera que o transtorno no trânsito
seja menor por conta da redução de
veículos nos feriados de Tiradentes, na segunda-feira;
e de São Jorge, na quarta. A maior preocupação
da prefeitura é em relação
à terça-feira, que é um dia
normal. “Quem não puder adiar a volta
ao Rio para quarta-feira à tarde deve se
programar para vir fora dos horários de pico”,
aconselha Sansão. O secretário recomenda
a moradores do subúrbio, como Penha e Irajá,
que usem trem e metrô. Quem tem viagem no
Galeão deve sair mais cedo para não
correr o risco de ficar preso no trânsito
e perder o voo.
Implosão
de trecho da Perimetral
No
domingo de Páscoa, cerca de 300 pessoas,
entre moradores e comerciantes, da Zona Portuária,
que ficam a menos de 150 metros do Elevado da Perimetral,
terão que deixar suas casas e estabelecimentos,
entre 5h e 9h. Será uma medida de segurança
para a implosão de um trecho de 300 metros
do viaduto, na altura da Praça Mauá,
entre os prédios da Polícia Federal
e do 1º Distrito Naval. Equipes farão
inspeção em todos os imóveis
da região para que estejam desocupados até
às 6h. Às 7h serão demolidos
seis pilares da Perimetral.
Como na primeira etapa, a terceira fase do desmonte
também será controlada por sismógrafos
que vão monitorar os efeitos da detonação
nas construções. Ao longo de todo
o trecho da implosão, serão colocados
telas e tapumes de proteção. Por precaução,
o Museu de Arte do Rio (MAR) não abrirá
as portas ao público de domingo até
quinta-feira. O serviço de retirada dos entulhos
vai durar quatro dias e a previsão é
que a Avenida Rodrigues Alves seja reaberta às
5h de quinta-feira.
Via
foi fechada em 1992 para instalação
da Linha Vermelha
Em
1992, a Avenida Brasil também foi fechada
para a instalação de uma estrutura
de peso: trecho da Linha Vermelha. Só que
a obra fechou a via por apenas uma madrugada. Segundo
o engenheiro Fernando MacDowell, a estrutura foi
levada pronta e içada por guindastes. Foi
uma exigência do governador Leonel Brizola
para não atrapalhar a rotina dos trabalhadores.
A construção total da via foi feita
em duas etapas: a primeira em 30 de abril de 1992,
em um trecho de 7 km entre o bairro de São
Cristóvão e a Ilha do Fundão,
e o segundo trecho com 14 km, em 11 de setembro
de 1994, entre a Ilha do Fundão e a Rodovia
Presidente Dutra. A Linha Vermelha foi aberta ao
trânsito para servir principalmente ao deslocamento
entre os municípios da Baixada e o Centro
do Rio e à Zona Sul, com ligação
também para a Perimetral. Para obter recursos,
Brizola apoiou o governo Collor de Mello.
Fonte:
JORNAL
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