Patrimônio
de deputados aumenta na comparação
com eleição anterior.
A
maioria dos candidatos à reeleição
para deputado federal no Rio enriqueceu, de acordo com
o patrimônio declarado por eles à Justiça
Eleitoral. Os dados estão disponíveis no
site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Mesmo antes do pleito, já se sabe que dos 46 deputados
federais do Rio, quatro não voltarão a
se eleger para a Câmara. Anthony Garotinho (PR),
Liliam Sá (Pros) e Romário (PSB) concorrerão
a outros cargos nestas eleições. Inconformado
com a aliança com o PT, Alfredo Sirkis, do PSB,
desistiu da disputar a reeleição à Câmara.
Entre os que tentarão um novo mandato, a maior
evolução de patrimônio foi do deputado
federal Miro Teixeira (Pros), cujo crescimento foi de
cerca de 2.760% em quatro anos. Em 2010, ele declarou
possuir quase R$ 165 mil. Este ano, declarou R$ 4,709
milhões. Entre os bens adquiridos recentemente
estão um apartamento em Ipanema, no valor de R$
805 mil e uma casa em Angra dos Reis por R$ 680 mil.
O aumento do patrimônio não representa nenhuma
irregularidade.
Terceiro
deputado federal mais votado do Rio em 2010, Leonardo
Picciani (PMDB) teve o patrimônio aumentado
em 435%, saltando de R$ 1, 35 milhão declarados,
em 2010, para R$ 7,25 milhões. Nesse período,
o valor das ações da empresa de agropecuária
Agrobilara, de propriedade da família, saiu de
R$ 712 mil para R$ 6,67 milhões. O parlamentar
explicou que possui 20% das ações da firma,
que expandiu suas atividades em Minas Gerais, onde está a
sede, e que houve uma “redistribuição
do valor das cotas”.
“Na
outra eleição, Garotinho escreveu sobre
isso no blog dele, mas não tem nada demais.
Está tudo
documentado e compatível com o meu imposto de
renda”, disse.
Eleito com mais de 120 mil votos em 2010, Jair Bolsonaro
(PP) também enriqueceu. Seu patrimônio aumentou
cerca de 150%, saindo R$ 826 mil para R$ 2,074 milhões.
Entre os novos bens, estão um micro-ônibus
de R$ 89 mil e uma motocicleta náutica de R$ 46
mil. Parlamentares como Sergio Zveiter (PSD), Jean Wyllys
(Psol) e Jandira Feghali (PCdoB) tiveram aumento de 369%,
222% e 139%, respectivamente.
Garotinho
tem a maior variação na declaração
de bens
Garotinho
foi aquele que apresentou maior variação
de patrimônio entre os candidatos ao governo do
estado: com variação de cerca de 378% em
relação a 2010, saltando de R$ 80 mil para
R$ 303,5 mil. Entre os outros candidatos, houve redução
patrimonial: a maior delas foi a do atual governador,
Luiz Fernando Pezão (PMDB), que saiu de R$ 271
mil para R$ 252 mil, queda de 7%. Lindberg Farias (PT)
e Marcelo Crivella (PRB) reduziram 2,8% e 1% de seus
patrimônios, respectivamente.
Entre
os vices, o senador Francisco Dornelles (PP), da chapa
de Pezão, foi o que mais enriqueceu. Em
2006, quando se elegeu para o Senado, declarou a posse
de R$ 5,127 milhões. Desta vez, indicou R$ 11,
345 milhões, aumento de 121%. Entre os novos bens,
obras de arte e dois carros no valor de R$ 60 mil.
A declaração de bens de Roberto Rocco,
do PV, vice de Lindberg Farias (PT), é curiosa.
Na lista divulgada pelo TSE, consta apenas um carro,
ano 1998, no valor de R$ 10 mil.
Fonte:
O
Dia