Sindicato dos Médicos entra com ação contra salário parcelado no RJ

O Sindicato dos Médicos entrou na Justiça nesta quarta-feira (2) contra a decisão do governo do estado de parcelar o pagamento dos servidores, segundo o RJTV. A decisão do governo do estado de parcelar o pagamento de quem ganha mais de R$ 2 mil gerou protesto entre os sindicatos. São 53% dos servidores que estão nessa situação. A primeira parcela, de R$ 2 mil, foi depositada nesta quarta, e a diferença será paga até a quarta-feira (9). O governo informou que o parcelamento não inclui os servidores do Detran, que tem receita própria, e as 13 entidades da administração indireta como o Detro e a Loterj.

“A crise não pode ser jogada nas costas do servidor público. Não temos nenhuma responsabilidade no que está acontecendo na área financeira do estado”, disse Jorge Darze, presidente do Sindicato dos Médicos.

O Sindicato dos Delegados da Polícia Civil também não aprovou o parcelamento.

“Algumas categorias receberam salários na sua integralidade, inclusive com adicionais, com proposta de abono de Natal, enquanto outras categorias são chamadas a suportar este peso”, disse Rafael Barcia, presidente do Sindepol.

Na Uerj, a ocupação dos estudantes já dura dois dias, e teve confusão na noite de terça-feira (1º). O protesto é contra o atraso no pagamento dos residentes do Hospital Pedro Ernesto e da bolsa de R$ 400 dos cotistas.

Com o atraso no salário dos funcionários terceirizados, muitos deixaram de trabalhar e o resultado foi falta de limpeza. Esse foi um dos motivos para a reitoria suspender as aulas. A Secretaria de estado de Fazenda fez pagamentos de R$ 8 milhões aos fornecedores da universidade na sexta-feira (27). Os funcionários receberam o salário atrasado de outubro, mas ainda não viram o de novembro.

A Associação de Empresas Prestadoras de Serviços do Rio de Janeiro teve uma reunião com o governo na tarde desta quarta. Não foi decidido prazo para o pagamento dos atrasados.

'Lutando para pagar o 13º'

Na terça-feira (1º), o governador Luiz Fernando Pezão disse que estava "lutando para pagar" o 13º salário dos servidores estaduais e que a data prevista para o pagamento da segunda parcela é na quinta-feira (17), mas o pagamento ainda "não está garantido". Segundo ele, a primeira parcela foi paga no meio de 2015.

"O Rio foi um dos poucos estados do Brasil que teve condição de pagar 50% do 13º. A data do pagamento da segunda parcela é no dia 17. Estou lutando muito para honrar o pagamento de novembro. Parcelamos e todo mundo vai receber até R$ 2 mil na quarta (2) e estou tentando antecipar ainda o do dia 9 para ver se a gente consegue pagar mais adiantado. É uma luta para o 13º e depois é uma luta para dezembro. Vai ser uma luta novamente", disse o governador. Pezão disse ainda que, assim como a crise no país, a falta de repasses das empresas tem atrapalhado a situação financeira do Rio de Janeiro.

"A gente fez uma bateria de pagamentos, estamos montando uma outra forma hoje que possa agilizar o pagamento de outros setores e vai ser uma luta diária daqui para frente para nós honrarmos os nossos compromissos. O estado passa por um momento muito difícil, assim como o país. A gente vive dos repasses, do recolhimento de impostos das empresas", explicou. O governador também afirmou que o estado começou com uma nova lei na segunda-feira (30) para facilitar os pagamentos e reafirmou a necessidade de que, se as empresas não recolherem seus impostos, o estado continuará passando por situações como essa.

"O governo federal também está suspendendo os seus repasses. Não recebi ainda uma parcela do Arco Metropolitano que nós entregamos em julho de 2014", disse Pezão. Ainda de acordo com o governador, o estado perdeu mais de R$ 12 bilhões somente em 2015. "Este ano o estado perdeu mais de R$12 bilhões da sua receita. Nenhum estado do país aguenta uma perda dessas. Perdemos nos royalties de petróleo e na atividade econômica", afirmou. A crise financeira do estado já afeta 2.400 empresas terceirizadas e cerca de 20 mil pessoas estão sem receber os salários.


Fonte: G1

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