Orçamento de 2016 prevê R$ 1,9 bi para Organizações Sociais

Aprovado na quarta-feira pelos vereadores, o orçamento da prefeitura para o ano que vem prevê gastos de R$ 1,9 bilhão com as organizações sociais (OS). O valor representa 40% de todas as despesas previstas na área da Saúde. O montante destinado às organizações em 2016 é maior do que a maioria dos orçamentos dos 32 órgãos do Poder Executivo, só perdendo para Educação (R$ 6,6 bilhões), Saúde (R$ 4,9 bilhões), Administração (R$ 4,8 bilhões), Encargos Gerais do Município (R$ 3,5 bilhões), Obras (R$ 2,7 bilhões) e Conservação (R$ 2,6 bilhões).

O orçamento foi aprovado no mesmo dia em que o Ministério Público e a polícia desencadearam a Operação Paraíso Fiscal, que levou à prisão oito pessoas ligadas à OS Biotech Humana. O grupo é acusado de ter desviado pelo menos R$ 48 milhões de dois hospitais administrados pela entidade: o Pedro II, em Santa Cruz, e o Ronaldo Gazolla, em Acari. Investigada, a OS foi desqualificada ontem pela prefeitura.

Apesar do desvio de verba, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, defendeu ontem o modelo de gestão. Segundo ele, é preciso apenas tirar do cesto os ovos podres.

— Nós não podemos imaginar que há uma quadrilha, uma organização mafiosa atuando. Isso não pode ser tratado apenas com medidas administrativas, é preciso que a polícia aja. O modelo é bom, permite aferir cada processo de compra e identificar falhas na execução — afirmou o secretário de Saúde.

O vereador Paulo Pinheiro (PSOL), que vinha denunciando irregularidades na gestão das OS há mais de cinco anos, afirmou que é preciso haver uma fiscalização mais rigorosa:

— A prefeitura precisa, urgentemente, passar um pente-fino nos contratos com as OS. Como está não pode: sai muito caro, e elas não estão entregando o produto.

 

 

Fonte: O Globo

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