Defensor Público em Esquema
O defensor público Adilson da Costa Azevedo caiu na rede de corrupção investigada em Búzios pelo Ministério Público. Ele é acusado de desviar R$ 200 mil dos cofres do município.
A cortina de fumaça para liberar a verba foi uma ação na Justiça movida pela Fundação Bem-Te-Vi, em 2006, presidida por Ruy Ferreira Borba Filho — então chefe de Planejamento, Orçamento e Gestão do Executivo. No processo, a entidade reivindicava indenização por falta de pagamento. No entanto, o repasse de R$ 20 mil foi suspenso porque a prefeitura identificou irregularidades no contrato e falta de prestação de contas.
Mesmo diante do parecer do seu antecessor à frente da procuradoria-geral, Natalino Gomes de Souza Filho, Azevedo firmou o acordo, em 2009, para pagar a ‘indenização’ que nunca existiu. Ruy e Azevedo foram denunciados por peculato. A pena varia de dois a 12 anos de prisão. Para o subprocurador-geral de Justiça de Assuntos Institucionais e Judiciais, Alexandre Araripe Marinho, Azevedo traiu o interesse do município.
O defensor público também foi denunciado pelo crime de patrocínio infiel. A pena varia de seis meses a três anos de detenção.A ligação de Adilson Azevedo e Ruy Borba era bem estreita. Azevedo até defendia o aliado em ação criminal sobre lesão corporal leve. Borba foi preso, semana passada, acusado de lavagem de dinheiro. Ele é suspeito de chefiar esquema que movimentou, em cinco anos, R$ 16 milhões.
Fonte: O DIA