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Presidente da Eletronuclear teria recebido R$ 4,5 milhões em propina

O presidente licenciado da Eletronuclar, Othon Luiz Pinheiro da Silva, preso nesta terça-feira em nova fase da Operação Lava-Jato, teria recebido R$ 4,5 milhões em propinas pagas pelas empresas Andrade Gutierrez e Engevix, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF). Os pagamentos teriam sido realizados entre 2009 e 2014 por meio de empresas de fachada contratadas pelas empreiteiras apenas para repassar recursos ao dirigente da estatal. De acordo com os investigadores, um dos pagamentos direcionados a Othon ocorreu em dezembro do ano passado, dias depois da prisão de executivos de grandes empresas fornecedoras da Petrobras.

Para o procurador Athayde Ribeiro Costa, integrante da Força-Tarefa da Lava-Jato, a realização de um pagamento dessa natureza em meio às investigações torna ainda mais grave a suspeita de envolvimento do dirigente da Eletronuclear. - Mais uma vez vimos que a corrupção é endêmica e os indicativos são é de que ela está espalhada por vários órgãos e em metástase - disse o procurador em entrevista coletiva realizada na manhã desta terça-feira, em Curitiba, sobre a 16ª fase da Operação Lava-Jato.

O pagamento realizado em dezembro de 2014 foi realizado para a empresa Aratec Engenharia Consultoria & Representações, com sede em Barueri, no interior de São Paulo. As duas sócias da empresa de acordo com o registro da Receita Federal são Ana Cristina da Silvia Toniolo e Ana Luiza Barbosa da Silva Bolognani. As duas são investigadas na operação e foram alvos de mandados de condução coercitiva na manhã desta terça-feira, para que prestem depoimento à Justiça.

ara a PF e o MPF, Othon Luiz Pinheiro da Silva é o verdadeiro dono da Aratec. Os pagamentos a ele teriam sido realizados por meio de quatro empresas de fachada, subcontratadas pela Andrade Gutierrez e pela Engevix: CG consultoria, JNobre Engenharia, Link Projetos e Participações e Deutschebras Comercial e Engenharia.

A origem dos dois pagamentos ao presidente da estatal seriam um contrato da Andrade Gutierrez com a Eletronuclear, de 1983, que recebeu aditivo de R$ 1,2 bilhão, em 2009, e a licitação de Angra 3, que teria sido direcionada para sete empresas que formaram os dois consórcios vencedores da montagem da usina, entre elas a Andrade. Em 2014, os consórcios se uniram em uma única empresa, que passou a se chamar consórcio Angramon. Todos os integrantes são investigados nesta nova fase da Lava-Jato.

De acordo com MPF, embora a Engevix não participe da obra de Angra 3, a empresa mantém outros contratos com a Eletronuclear e teria pago propina relacionada a eles. - A Engevix, embora não faça parte do consórcio Angramon, tem alguns contratos também em Angra 3, vinculados à Eletronuclear. Também há indícios de pagamento de propina desde então - disse Ribeiro Costa.

A nova operação é baseada em informações prestadas em delação premiada pelo diretor da Camargo Corrêa Dalton Avancini. Segundo o procurador, o depoimento não foi a única fonte para ação desta terça-feira e para o pedido de prisão de Othon. - A palavra do colaborador, por si só, não leva à prisão (de investigados). Fizemos nosso trabalho de investigação e corroboramos o que foi dito por Dalton Avancini - afirmou Ribeiro Costa. Por meio de nota, a Andrade Gutierrez informou que acompanha a nova fase da Operação Lava-Jato e disse estar sempre “à disposição da Justiça”. “Os advogados (da empresa) estão analisando os termos desta ação da Polícia Federal para se pronunciar”, informou a empreiteira.

(*) Especial para O GLOBO

 

Fonte: O Globo

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